quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Início de um projecto...

Faculdade de Desporto da UP
    Nos dias que correm o povo português passa por grandes dificuldades. O desemprego não pára de aumentar e as condições de trabalho oferecidas pelas empresas alojadas no país são cada vez mais míseras.
     Os jovens  da chamada "geração à rasca" tentam encontrar formas de sobreviver e valorizar o conhecimento que adquiriram enquanto estudantes.
     A criação deste espaço insere-se num momento inicial académico de quatro jovens que frequentam  precisamente o curso de Ciências do Desporto, naquela que é provavelmente a melhor faculdade do país. A   Faculdade de Desporto da Universidade do Porto apresenta um conjunto de condições de formação que podem ser muitos úteis no futuro, que se prevê difícil, dos jovens que a frequentam, no constante "combate" que é a procura de emprego. 
     Este é um projeto que tem início na unidade curricular de Psicologia do Desenvolvimento. O objetivo deste passa por enriquecer este espaço ao longo de todo o semestre, com informação sobre uma faixa etária. No âmbito da cadeira foi sorteado a cada grupo uma faixa etária, tendo-nos sido atribuída a que corresponde à do jovem adulto,  com idades compreendidas entre os 20 e os 30/40 anos. Com este blog pretendemos abordar as diferentes características que definem os indivíduos, pertencentes a esta faixa etária. A dinâmica do blogue vai assentar na publicação de notícias, entrevistas, curiosidades e informação que irão permitir a quem consultar o blogue adquirir um conhecimento específico, e aprofundado acerca da faixa etária abordada.

     Atualmente, os jovens adultos, em especial os portugueses, procuram estabilidade profissional que lhes permita construir um futuro risonho, mas ao mesmo tempo deparam-se com uma realidade bastante negativa no que toca à situação atual do pais, uma vez que as oportunidades de emprego são cada vez mais reduzidas. Neste caso particular os jovens que terminam  os seus cursos na área de Desporto têm muitas dificuldades em entrar no mercado de trabalho, dado que os atuais alunos que terminam os seus mestrados de ensino não têm espaço nas escolas, prevendo-se que só daqui a alguns anos tal será possível.
     Outro objetivo que está presente na cabeça destes jovens é, conseguirem a sua independência, o que passa muitas vezes por deixarem a casa dos pais e passarem a viver sozinhos. A nível emocional quando encontram uma estabilidade, é também comum os jovens terem como objetivo a constituição de uma família ou de uma vida a dois, com um futuro próspero.




domingo, 2 de junho de 2013

Opinião Pessoal

            Depois de um semestre em que foram muitas as aprendizagens e as experiências vividas no âmbito da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento, não só com a realização do blogue e a devida pesquisa, mas também com as aulas e as diversas opiniões ouvidas neste espaço. Parece-me interessante deixar a minha opinião concreta sobre o mundo e o pensamento do jovem adulto de hoje em dia, comparado com o jovem adulto de antigamente.
            “Mudam-se os tempos mudam-se as vontades”, é de facto um provérbio que perdura no tempo. Se olharmos para o jovem de antigamente que era “obrigado” a tornar-se adulto ainda com tenra idade poucas semelhanças encontramos para com o jovem de hoje em dia.
            É precisamente pelo jovem de antigamente que início. Antigamente grande percentagem dos jovens do nosso país provinha de famílias humildes e com poucas posses. Este facto levava a que os jovens iniciassem a sua vida profissional muito cedo e sobre grande exigência por parte dos seus patrões. Este era sem dúvida um facto essencial para o “crescimento precoce” destes jovens que aumentavam o seu grau de responsabilidade e maturidade de forma exponencial ao longo da sua juventude.
          É plausível afirmar que o jovem se tornava adulto à “força” e não por vontade própria. O desenvolver de capacidades extras por parte destes jovens fazia com que pensassem em construir família e ter filhos também muito cedo e tornarem-se adultos muitas vezes sem terem completado 20 anos.
            O jovem de hoje em dia, com a mudança que se deu ao longo do tempo e com a actual conjuntura do país, torna-se adulto muito mais tarde. Nos dias que correm é muito usual um jovem viver na casa dos pais com mais de trinta anos de idade, não só porque o mercado de trabalho não permite muitas vezes os jovens tornarem-se independentes mas também porque a sociedade assim admite com naturalidade este facto.
       São estes jovens que muitas vezes ficam prejudicados com tal conjuntura. Ter a sua própria independência, estar preparado para realizar tarefas de maior responsabilidade, construir família com sucesso, ser competente a todos os níveis, tanto nas relações pessoais como profissionais, são definitivamente tarefas onde obter sucesso é mais difícil.
             Para terminar refiro-me ao futebol. Modalidade à qual estou ligado e começo a perceber, devido a alguns anos de experiência, a dificuldade que um treinador de sub-20, sub-19 tem para se relacionar com os seus atletas. No que diz respeito a aspectos qualitativos estes são cada vez melhores também devido à constante evolução da modalidade e aos recursos que hoje estão disponíveis para os jovens evoluir. No que diz respeito ao comportamento, à seriedade e à forma de estar que maior parte dos jovens coloca no seu trabalho estes deixam muito a desejar. Tento responsabilizar este facto por aquilo que já referi atrás, ou seja a lentidão do processo maturacional e a falta de desafios difíceis que a própria vida coloca.
            Parecem-me claras as diferenças entre os jovens de hoje e os jovens de ontem. Se no futuro teremos jovens diferentes só o tempo o dirá. No presente parece-me que será a força de alguns e a possível melhoria da actual conjuntura que permitirá aos jovens desenvolverem-se mais cedo e encararem o futuro de forma mais esclarecida e correta.




       Duarte Grego.  

sábado, 1 de junho de 2013

Jovem adulto & health club (entrevista)

     A Organização Mundial de Saúde recomenda um mínimo de 60 minutos diários de atividade física, de intensidade moderada, para crianças e jovens adultos. O jovem adulto cada vez mais concebe a importância da atividade física realizada regularmente, e os benefícios da mesma, dado que se trata de uma questão de saúde pública, que ajuda na prevenção de doenças, assim como a melhorar a qualidade de vida, trazendo vários aspetos positivos quer a nível físico quer a nível psicológico. Neste seguimento, quisemos perceber o que leva o jovem adulto a um Health Club e fomos entrevistar um gerente de Health Club:
- Quais as modalidades podem ser praticadas neste Health Club?
No nosso Health Club disponibilizamos aos nossos clientes Cycling, Pilates, Zumba, Pump, Trx, Gap, Jump, Crossfit, Natação, Hidroginástica e Musculação.

- Qual o tipo de modalidade mais procurada por pessoas entre os 20/30 e 40 anos?
Não existe por si só uma modalidade que se possa dizer que é a mais procurada pelos nossos clientes, uma vez que temos um leque muito alargado de opções. Cada cliente é um caso particular e as suas motivações variam em muitos aspetos.

- Existe alguma diferença por exemplo entre pessoas dos 20-30 anos e os 30-40 anos e aquilo que escolhem como modalidade a praticar?
Essa diferença penso que não existe, dado que o nessas idades as pessoas ainda estão em perfeitas condições físicas para realizar qualquer uma das modalidades que temos à disposição dos nossos clientes.

- Mas existe diferenças nas escolhas entre homens e mulheres?
Sim, neste aspeto existe uma procura maior por parte dos homens em modalidades que estão mais relacionadas com a definição muscular, como por exemplo a Musculação, o Cycling e o Trx, enquanto as mulheres procuram mais a Hidroginástica, Pilates que é uma espécie de ginástica onde é trabalhado o alinhamento corporal e aumenta a mobilidade das articulações, e Zumba que é um tipo de dança-fitness com uma coreografia fácil de seguir.





- Quais são as motivações que levam as pessoas nesta faixa etária a frequentar um Health Club?
A principal motivação está relacionada com a saúde. Daquilo que me é dado a conhecer, hoje em dia existe uma consciencialização cada vez maior por parte das pessoas para a realização do exercício físico e os benefícios que traz para a sua saúde. Depois há muitas pessoas que nos procuram com o objetivo de perder peso, principalmente as mulheres, enquanto os homens são mais preocupados com a definição muscular e com melhoria dos seus padrões de beleza. De salientar, que também temos clientes que chegam aqui ao fim do dia, depois de deixar os seus empregos, em que procuram o convívio e distração, como forma de libertar o stress diário.


Quero agradecer ao Tiago Lima, a disponibilidade em conceder esta entrevista, de forma a compreender melhor o que motiva um jovem adulto a frequentar um Health Club.

Intimidade Vs. Isolamento

Na sua Teoria de Desenvolvimento Psicossocial, Erikson propõe uma conceção de desenvolvimento em oito estágios psicossociais, perspetivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o nascimento até à morte. Cada estágio, contribui para a formação da personalidade do individuo, e é constituído no seu núcleo por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa.
         Segundo Erikson, o sexto estádio psicossocial atinge-se na idade do Jovem Adulto e denomina-se “Intimidade Vs. Isolamento”. Ainda segundo o autor, neste estádio, o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo o indivíduo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva.

O excerto seguinte introduz este sexto estádio de desenvolvimento psicossocial: “[…] os jovens adultos estão preparados e dispostos a unir a sua identidade a outras pessoas. Eles buscam relacionamentos de intimidade, parceria e associação, e estão preparados para desenvolver as forças necessárias para cumprir esses compromissos, ainda que para isso tenham de fazer sacrifícios”. (Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.174).
Este estágio caracteriza-se pelo facto de a identidade do sujeito se encontrar estabilizada, o ego fortalecido e pelo facto de ser neste estágio que o indivíduo aprenderá a conviver com outros egos. Pela primeira vez o indivíduo poderá desfrutar de uma verdadeira sexualidade genital, o que faz com que as uniões e os casamentos surjam nesta fase. Tal situação deve-se à realidade de que o indivíduo nos estágios anteriores limitava-se à demanda da identidade sexual e a um desejo de intimidades efémeras. É então na idade do jovem adulto que, com uma identidade assumida, se possibilita o estabelecer de relações de intimidade com outros. 

Se as crises anteriores não tiveram desfechos positivos, a pessoa tende ao isolamento como forma de preservar o seu ego frágil. “O perigo do estágio da intimidade é o isolamento, a evitação dos relacionamentos, quando a pessoa não está disposta a comprometer-se com a intimidade”. (Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.174). O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não o podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho desta crise é bastante negativo.
Erikson definiu ainda o elitismo como um desfecho negativo desta fase. O elitismo consiste numa espécie de narcisismo, ou seja, na formação de grupos fechados de pessoas com egos semelhantes, caracterizando a incapacidade de conviver com outros egos e, portanto, a não superação desta crise.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O envelhecimento e o sistema músculo-esquelético no jovem adulto

     O envelhecimento, processo natural pelo qual todos os seres humanos passam, é caracterizado por diversas modificações no organismo que, em menor ou maior grau, influenciam na autonomia, saúde e na qualidade de vida das pessoas. O sistema músculo-esquelético ligado a diversas funções, importantes no nosso organismo, e intimamente relacionado a questões de capacidade funcional e independência de movimento também sofre alterações. É fiável afirmar que uma boa saúde está relacionada com um bom funcionamento do sistema músculo-esquelético que proporcionará a manutenção de algumas capacidades motoras como força e resistência muscular, e que as práticas motoras, embora não consigam frear o processo de envelhecimento, irão proporcionar uma velhice mais saudável e independente.

   De acordo com a Figura acima, nota-se que com a falta de exercícios físicos ocorre um descondicionamento, que segundo os autores leva a fragilidade do sistema músculo-esquelético. Fleck e Kraemer (2002), destacam entre as inúmeras funções do sistema músculo-esquelético a importância principalmente da força para as capacidades funcionais nos idosos. Segundo o mesmo autor, a fraqueza dos músculos pode avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns da vida diária, tais como as tarefas domésticas, levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora.
       Para Nóbrega e al (1999), o sistema neuromuscular no homem alcança a sua maturação plena entre os 20 e os 30 anos. A força muscular é essencial para o desempenho de habilidades motoras, sejam elas relacionadas ao desempenho atlético de alto nível, ou à vida diária funcional. Para Gallahue e Ozmun (2001) com a idade, a estrutura e a função dos músculos esqueléticos alteram-se. Estruturalmente, a massa muscular diminui à medida que o número e o tamanho das fibras musculares declinam durante o final da meia-idade e dos anos posteriores da idade adulta.
      Para uma informação mais detalhada http://www.efdeportes.com/efd101/envelh.htm

Dicas para combater o envelhecimento feminino na idade adulta

     A cada etapa da vida o nosso organismo passa por alterações. Essas alterações são difíceis de combater mas não impossíveis. A partir dos 30 anos, o corpo passa por mudanças hormonais que levam ao ganho de peso e ao aumento de apetite. Uma das alterações mais conhecidas desta feita pelas mulheres é a diminuição da produção de colagénio. Sem ele, notamos que a pele perde elasticidade, que as rugas começam a aparecer e que as articulações e os ossos ficam mais frágeis.
    No entanto, existem formas de combater estas “indesejadas” alterações. Através de uma alimentação equilibrada, é possível diminuir esse processo. Como o colagénio é uma proteína, as principais fontes são os alimentos ricos em proteína animal (carne vermelha, frango e peixe). Para o colagénio ser sintetizado pelo organismo, é importante consumir boas fontes de:

  • Vitamina C
  • Vitamina E
  • Selénio
  • Zinco


     Outra preocupação das mulheres que chegam aos 30 anos é com o aumento de peso e o aumento das medidas. Além da alimentação é necessário fazer atividade física para queimar os excessos.
Para entrar em forma, não é preciso passar horas a fazer exercício. De acordo com especialistas realizar 30 minutos de exercício cinco vezes por semana já é suficiente para sentir a diferença. Aqui ficam algumas dicas simples e que provavelmente nunca pensou que pudessem ser úteis para perder peso:
Inicie os exercícios sempre de maneira gradual;

  • Não dispense a fase de alongamento e de aquecimento;
  • Mantenha um diário de exercícios;
  • Aumente as caminhadas e procure sentir prazer em caminhar;
  • Aumente a atividade no seu dia-a-dia, utilize escadas e dispense o carro sempre que possível;
  • Faça você mesmo algumas atividades domésticas como lavar o carro e jardinagem;
  • Leve o cão a passear;
  • Brinque com seus filhos nas atividades que incorporam movimento.




     Com o tempo, é normal que o metabolismo desacelere. Para estimulá-lo é preciso estimular os músculos. Eles são metabolicamente ativos, o que significa que continuam a queimar calorias mesmo quando estão em descanso. Os exercícios aumentam a sua energia e disposição para o dia-a-dia, além de contribuírem para aumentar a auto estima e o controlo das hormonas responsáveis pela sensação de fome.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Saúde e exercício físico na idade adulta

Apesar de ser uma fase da vida na qual os jovens atingem normalmente o pico da sua energia força e resistência, onde grande parte das funções corporais está completamente desenvolvida. Também os cinco sentidos do ser humano aparecem no auge das suas condições dos 20 aos 40 anos. No entanto é também nesta idade que a morte é mais difícil de aceitar, comparando com outras fases da vida humana. Este facto ocorre tendo como principais colaboradores o cancro, a Sida, as Doenças cardíacas, os acidentes e a violência urbana.
É na idade adulta que de uma forma geral a personalidade e o estilo de vida se torna estáveis. Estes são responsáveis pelas escolhas do individuo e pelas consequências em todas as dimensões do desenvolvimento.
Alguns estudos realizados demonstram que a saúde está directamente relacionada com vários hábitos do quotidiano. A alimentação, a actividade física sistemática, as actividades que dão prazer, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, são só alguns dos exemplos determinantes para um estado de saúde equilibrado.
A ligação entre, aspetos físicos, cognitivos e emocionais evidenciam a relação existente entre hábitos quotidianos e saúde.
O exercício físico é sem dúvida uma arma que o jovem adulto tem no combate á doença e consequente melhoria de saúde. Os Jovens Adultos que praticam de modo regular algum tipo de actividade física são recompensados por manterem um peso saudável, construir e aperfeiçoar os traços do seu corpo, fortalecer o coração e os pulmões, manter a pressão arterial em níveis adequados, diminuir a probabilidade de enfarte, A.V.C, diabetes, cancro e osteoporose.
Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento científico consideram que atividades físicas sistematizadas e regulares  podem evitar ou aliviar a ansiedade, o stress e a depressão, também se  obtém a sensação de bem estar físico, psíquico e prolongamento da expectativa de vida.

O exercício moderado traz grandes benefícios á saúde do jovem adulto, havendo uma correlação entre atividades físicas moderadas e redução na mortalidade.

O que procuram os jovens adultos nos ginásios?

Os vícios instalados na sociedade alteram-se consoante a época e com o avançar dos tempos, de uma forma lenta e gradual. Aliás toda a vida assim foi, como diz o ditado mudam-se os tempos mudam-se as vontades.
O desporto não foge à regra. Cada vez mais as pessoas são sensibilizadas e interiorizam que é importante praticar desporto e realizar atividade física na medida que é extremamente importante em vários sentidos.
À conversa com um profissional de desporto que está empregado num ginásio quisemos saber o que procuram os jovens adultos no ginásio e porque procuram.
Numa primeira instância percebemos que existe uma clara diferença de objetivos entre homens e mulheres. As mulheres procuram, todas elas dos 20 até aos 40 anos, obter um corpo esbelto e elegante. Têm como principal objetivo perder gordura e obter uma silhueta atraente. Já os homens, na generalidade, variam de objetivo consoante a sua idade. Os jovens dos 20 aos 30 anos procuram essencialmente o ginásio como suplemento para o desporto que praticam assiduamente e também tendo em vista a definição e elegância do seu corpo com o ganho de músculo essencialmente na altura do ano que precede o verão. Nos jovens dos 30 aos 40 anos temos uma vasta gama de metas a atingir por parte destes quando se deslocam ao ginásio. Cerca de 60 % tentam libertar-se do stress do dia-a-dia e de um emprego sedentário. Os outros 40 % preferem o ginásio para perder gordura, fazer reforço muscular e manterem hábitos saudáveis.

Um muito obrigado ao professor Tiago Portulês por nos ter dado a oportunidade de conhecer o ginásio onde está empregado e nos ter dado esta informação muito útil para que possamos perceber o que realmente procura o jovem adulto no ginásio.

Será a "rede dos pais" que seguram os jovens adultos portugueses dos dias de hoje?


     Aos jovens adultos portugueses pede-se formação, mas tiram-lhes as bases para ingressar no mundo do trabalho, pede-se formação, profissionais licenciados, mas tiram-lhes o sustento de um sistema de saúde eficaz monetariamente acessível a qualquer bolso, pede-se formação, mas apenas com o objectivo de aumentar um suposto nível  de formação para igualar os demais países da união europeia. Pede-se formação , mas em vez de um emprego seguro e remunerado espera-se para os jovens adultos uns anos de ganho de "experiência" sem vista de um cêntimo ao fim do mês, diz o povo mais vale trabalhar e ganhar experiência do que estar parado e não ganhar nada. Pede-se formação, quando o estado criou um sistema pronto a trucidar o aluno mal ele ponha um pé fora de universidade e outro dentro do mercado de trabalho.
     Até que ponto será viável apostar na formação profissional ao invés de ingressarmos no mercado de trabalho mais cedo e especializarmo-nos e ganharmos a tal experiência para que nos aguarde um futuro próspero? Será de facto melhor perder tantos anos de estudo e formação profissional nos dias de hoje? Deixamos estas questões no ar, para uma reflexão introspectiva de cada leitor.

O jovem adulto e a meia-idade



     Os psicólogos geralmente consideram que a idade do jovem adulto começa por volta dos 20 anos e se estende até aos 40 ou 45 anos.
Apesar da imensa importância destes períodos de vida, tanto em termos de empreendimentos que se realizam em cada um e que se estendem por ambos eles têm sido menos estudados pelos psicólogos do desenvolvimento do que qualquer outro estádio. Uma das razões reside no facto de as mudanças físicas que ocorrem nestes períodos serem menos visíveis e mais graduais do que as que ocorrem noutras alturas da vida.

     Para além disso, as mudanças sociais que se efetuam neste período são tão diversas que desafiam qualquer probabilidade de categorização.
Nesta etapa, uma pessoa, ao tornar-se adulta, experimenta fases distintas na sua vida, o que pode ser chamado de ciclo de vida de desenvolvimento. Cada uma dessas fases apresenta ao indivíduo grandes oportunidades de aprendizagem, daí o seu desenvolvimento ter continuidade até à morte. É comum, nesta fase o jovem adulto procurar incessantemente quebrar os laços psicológicos, escolher a sua profissão/carreira, começar a trabalhar, arranjar parceiro para uma experiência afetiva, saber gerir as suas coisas, o seu tempo e definir objetivos e ajustar-se à sua própria vida.

     Neste intuito, tem-se verificado uma explosão de interesse pela idade adulta por parte dos psicólogos do desenvolvimento com um enfoque especial nos efeitos das mudanças sociais em termos da família, do casamento, do divórcio e da carreira das mulheres.

     Para a maior parte das pessoas, a idade adulta trata-se de uma etapa muito importante do ciclo de vida, dado que marca o auge da saúde física. O período entre os 18 e 25 anos é aquele em que a força é maior, os reflexos são mais rápidos e as hipóteses de sucumbir à doença são diminutas. No entanto, a partir dos 25 anos, as mudanças que se iniciam são de natureza quantitativa e não qualitativa. O corpo começa a funcionar de forma um pouco menos eficaz e torna-se um pouco mais suscetível à doença.
Enquanto as mudanças físicas durante a idade adulta refletem o desenvolvimento a um nível quantitativo, as transições sociais desenvolvimentistas ocorrem a um nível mais profundo. É durante este período, que as pessoas geralmente se envolvem na carreira, no casamento e na família. Durante a idade adulta jovem, o jovem deixa a sua família e entra no mundo adulto. As pessoas fazem e, se calhar desfazem, as escolhas de carreiras durante a fase inicial da idade adulta, até acabarem por conseguir realizar as suas decisões a longo prazo. Isto leva a um período de acalmia por volta dos trinta e muitos anos, quando se estabelecem no desempenho de determinados papéis e começam a desenvolver e a trabalhar para a visão do seu próprio futuro.

     No início dos quarenta anos, as pessoas começam a questionar as suas próprias vidas à medida que entram na transição para a meia-idade e a ideia de que a vida acaba, começa a ser importante na sua forma de pensar. Em vez de manterem uma vida orientada para o futuro, colocam questões sobre as suas realizações anteriores, avaliando aquilo que fizeram e a satisfação que tiveram delas. Nalguns casos, as avaliações pessoais da vida são negativas, levando à entrada no período que é rotulado como a crise da meia-idade.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Seleção de um parceiro

     Ao mesmo tempo em que as oportunidades vocacionais atraem o jovem adulto, o mesmo se passa em relação à escolha de um(a) parceiro(a) e ao estabelecimento de um lar. Não obstante o facto de que estas realizações acarretam dificuldades e riscos, elas contribuem substancialmente para o ajustamento à vida adulta.
     No final da adolescência ou no início da fase adulta, é normal ocorrer uma atração duradoura por outra pessoa. Essas ligações são, frequentemente, mútuas e providenciam uma enorme gratificação ao ego, bem como promovem sentimentos de bem-estar e segurança. A percentagem de parcerias e romances que conduzem ao amor mútuo e ao casamento atinge o seu pico no início da vida adulta. O desejo universal de amar e ser amado encontra a sua satisfação completa no casamento. Apesar de muitas pessoas, com pouco mais de 20 anos, ser suficientemente maturas para assumirem responsabilidades conjugais e parentais, uma boa quantidade ainda não o está. O desejo de segurança pessoal, assim como pressões parentais, influenciam muitas jovens a casarem-se durante a primeira fase da vida adulta. A gravidez é outra razão bastante frequente para um casamento precoce. Assim, a aceitação voluntária deste novo papel pode ser questionada em muitos casamentos, especialmente nos que se realizam muito cedo.
     O tempo necessário para completar a maturação adolescente cognitiva, emocional e social, aumentou com a complexidade da nossa tecnologia e cultura e com os crescentes níveis de vida. No século XX, a duração da adolescência aumentou em cada geração. Uma vez que o sucesso de um casamento depende de um certo nível de maturidade, cada aumento no período de adolescência implica um período mais prolongado de espera antes do matrimónio. Desde o início da década de 1950 que cada geração tem-se vindo a casar em idades cada vez mais baixas. Aparentemente, muitas pessoas casaram-se antes de estarem psicologicamente preparadas para fazê-lo com sucesso. Muitas vezes os casamentos são precedidos por um período muito curto de noivado, desta forma aumentando as possibilidades de incompatibilidade entre os envolvidos. Estas preparações inadequadas para o casamento são causas que contribuem para a discórdia, separação e um divórcio dentro de pouco tempo.


     A expectativa de felicidade conjugal muitas vezes é abalada por questões psicológicas, sendo uma delas a relação de domínio entre os dois cônjuges. Se cada cônjuge tem uma forte tendência a dominar o outro, é difícil estabelecer congruência entre os dois. Também pode ser observado um exemplo de incongruência na luta por independência entre os dois cônjuges. A falta de semelhança de interesses apresenta-se como um outro grande obstáculo à partilha de vida conjugal. O comportamento neurótico e as dúvidas a respeito da fidelidade do parceiro, muitas vezes, provocam ira ou ciúme e põem em risco a estabilidade conjugal. Finalmente, a ineficácia na comunicação torna muitos outros problemas insolúveis.

Superação da Imaturidade

     A capacidade e a motivação para responder de maneira adulta às várias circunstâncias é uma importante tarefa no desenvolvimento adulto. Uma resposta madura implica que tenham sido vencidas as tendências infantis e adolescentes. A procura constante de apoio é uma indicação de desamparo. A irritabilidade frequente e as explosões emocionais como respostas ao desapontamento ou à frustração, são reações adolescentes. A busca constante de excitação e alegria também são sinais de infantilidade. Se um nível de adolescência se enraizar demasiado na personalidade do indivíduo, este será prejudicado, mais tarde, ao assumir as responsabilidades de um adulto.
     A frustração pode ser um dos principais fatores para um desenvolvimento positivo. Quando a sociedade frustra os desejos imaturos dos adolescentes, estes vêm-se “obrigados” a utilizar um comportamento mais adulto. Por outro lado, se o comportamento infantil se revelar gratificante e se as pessoas que rodeiam o jovem reforçarem esse comportamento imaturo, haverá pouco propensão para entrar no mundo adulto. Nos anos de pós-adolescência, muitos jovens aprendem a construir uma “fachada” de maturidade, mas internamente, com muita frequência, sentem ansiedade. Evitam fazer frente aos seus problemas e usam a fantasia ou a doença como desculpas para escapar a situações desafiadoras.
     O progresso para um nível adulto de atuação é muitas vezes desmoronado por ansiedade, impulsos conflituosos e uso excessivo de métodos defensivos. À medida que o período adulto progride, vão desaparecendo as dúvidas normais sobre a identidade e o próprio valor de cada pessoa. Isto acontece porque a pessoa recebe de outros adultos a confirmação da sua aceitação.
     Para conseguir um padrão de comportamento adulto, o jovem tem de vencer os obstáculos que visam fomentar o desenvolvimento de algumas características próprias do adolescente.

domingo, 21 de abril de 2013

Teoria triangular do amor

     Pelo inicio da idade de um jovem adulto, este encontra-se normalmente inserido em três grupos distintos, o eu como indivíduo, o eu como trabalhador e o eu como membro de uma família. 
Vê-se assim construído o "relógio social" em que vive e é o espaço de tempo psicológico em que o jovem adulto toma consciência de ter chegado cedo, tarde, ou no momento correto aos marcos importantes da sua vida. Daqui advém o sentimento de realização, ou por outro lado de frustração por ter ou não conseguido. Devido a estes relógios sociais temos a percepção do nosso desenvolvimento em comparação aos que nos rodeiam, esse desenvolvimento dá-se com a habilidade de introspecção, capacidade de analisar, detectar problemas e resolve-los. Nisto vemos construída a nosso personalidade e aquilo que nos define.
     Durante este mesmo início, romance, amor, filhos, casamento, são frequentemente predominantes na vida, o desenvolvimento e o caminho de relações é enfatizado. Segundo Erikson a procura por intimidade é o problema crítico destas idades. Ele considera estas idades como o tempo da dualidade entre a intimidade e um estado de isolamento, que coincide com a preocupação de desenvolver relações próximas com outros.
Está intimidade entra em confronto com vários aspectos, o altruísmo, ter que sacrificar gostos/necessidades próprias em prol de outros, uma devoção serrada, delineada com esforços para fazer com que a identidade se funda com a do "outro". Sendo uma linha de pensamento contestada por especialistas em desenvolvimento devido às condições em que tinha sido feitas as experiências, como é o caso de a teoria ser mais focada nos homens e o facto de Erikson ver a intimidade com algo único dos heterossexuais, não deixou mesmo assim de exercer a sua influencia.
     Toda esta base ajudou-nos a situar as características principais de um jovem adulto permitindo agora explicar a teoria triangular do amor com o entendimento apropriado. Robert Sternberg's criador desta teoria, atribui ao amor três componentes:
  • Intimidade - Abrange sentimentos de proximidade, afeto e conectividade.
  • Paixão - Engloba todas as motivações relacionadas com o sexo, aspectos físicos e de romance.
  • Compromisso - Reúne a consciência de que se ama com a decisão do longo prazo para fazer prosperar esse amor.
    Não existe amor quando falha algum destes três componentes. Aquele "gostar" desenvolve-se quando está apenas presente a intimidade. O amor apaixonante e exaustivo para aqueles que apenas sentem a paixão. E  por fim um amor vazio para os que apenas tem em vista o longo prazo o compromisso.     
     Mas nem tudo é mau, Sternberg's definiu também quatro estados para a inter-relação das três componentes que passo a apresentar.
  1. Um amor romântico quando apenas estão presentes a intimidade e a paixão.
  2. Companheirismo ocorre quando existe apenas intimidade conjugado com o compromisso.
  3. Irracional sempre que se pensa a longo prazo e apenas existe paixão na relação.
  4. Por último mas não menos importante, o que todas as relações tentam atingir, um amor consumado onde todos os três componentes estão presentes e em prefeita harmonia.
    Não quero com isto dizer que o amor consumado é o amor ideal, todas as relações tão fortemente marcadas por mudança e o gênero de relação que se vive no momento pode variar ao longo da vida. Apenas a paixão tende para um declínio constante ao longo dos anos até deixar de existir.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Geração à rasca!

     Nos últimos anos, o mundo tem vindo a atravessar uma grave crise económica que não mostra muitos sinais de abrandamento e que colocou vários países à beira da “falência”.
     A faixa etária, provavelmente, mais afetada por esta crise é precisamente a do jovem adulto, aquela na qual as pessoas tentam entrar para o mercado de trabalho de modo a poderem assegurar um futuro estável.

Portugal é um dos países mais afetados por esta crise, encontrando-se profundamente endividado. Uma das consequências de tudo isto é o facto de Portugal ser um dos países da Europa com maior taxa de desemprego, e com a agravante de, Portugal formar e licenciar milhares de profissionais e estudantes todos os anos.

    Assim, nos dias de hoje, os jovens adultos portugueses, bem como os de muitos outros países preocupam-se cada vez mais em tentar arranjar um emprego a todo o custo, o que se revela deveras difícil pois o número de profissionais e licenciados aumenta de ano para ano, ao contrário do número de oportunidades de emprego, que é cada vez mais baixo, tornando Portugal no 3º pais com mais trabalhadores precários.

    Com a acumulação de todos estes fatores, foram surgindo e sendo organizadas um conjunto de manifestações, tanto em Portugal como em muitos outros países, que ficaram conhecidas pela expressão e pelo nome “Geração à Rasca”, tendo o seu ponto alto no dia 12 de Março de 2011. Este nome surgiu através de um jogo de palavras usado para descrever a geração que protestou durante os anos 90, apelidada «Geração rasca» aquando das manifestações estudantis contra o aumento das propinas.

A iniciativa inspirou-se na canção dos “Deolinda” de 2011, "Parva que sou", que fala sobre a precariedade laboral que afeta milhares de portugueses. Um evento da rede social Facebook e um blogue, foram o ponto de partida para um movimento de protesto, autointitulado "apartidário, laico e pacífico", que reivindicava melhorias nas condições de trabalho, assim como o fim da precariedade.

     O manifesto pelo qual a manifestação se regia incitava à participação de todos aqueles que se opusessem à deterioração das condições de trabalho e ao desmantelamento dos direitos sociais.

Assim, o Protesto da Geração à Rasca, que uniu cerca de 500 mil pessoas nas ruas de todo o país e no estrangeiro, foi uma manifestação clara e inequívoca da vontade das pessoas e serviu ainda para representar a enorme diversidade de motivações e propostas de solução existentes no seio da população.







Internet e os jovens adultos


     Um estudo realizado nos Estados Unidos pela Pew Research Center, mostra que a Internet ocupa agora o espaço que era da televisão como a principal fonte de informação. Entre os adultos jovens, a rede já é líder.
     Atualmente, 41 % da população americana prefere a Internet para a pesquisa de informação, notícias, etc. representando um crescimento de 17 pontos percentuais desde 2007, enquanto a televisão, ainda líder na preferência geral, registrou 66% – bastante menor que os 74% que ostentava em 2007.
O estudo também mostra como a leitura de jornais de papel tem caído bastante, detendo apenas 31% da preferência dos “consumidores de informação”. O Rádio tem apenas 16%.
   
     Os dados mais interessantes da análise aparecem quando filtramos os entrevistados por idade. Pela primeira vez, a Internet é a fonte primária de notícias dos americanos entre 18 e 29 anos (jovens adultos). Segundo a PRC, cerca de 65% destes entrevistados prefere a rede mundial como fonte de informação, quase o dobro dos 35% que declaram o mesmo em 2007 – nesta faixa etária, a televisão caiu de 68% para 52% na sua preferência.
De quem é a culpa? Razão para estes dados? Podemos atribuir parte da culpa às redes sociais, sendo este o lugar preferido dos jovens para compartilhar conteúdo em tempo real. Além disso, o facto de a internet quebrar barreiras como espaço, tempo e idioma, conta como pontos a favor para a preferência por informações via online.
            Não é por coincidência, que o facebook e twitter explodiram em popularidade a partir de 2008. Enquanto os usuários da rede social de Mark Zuckerberg (fundador do facebook) eram uns simples 30 milhões em 2007, este ano superaram os 600 milhões. O twitter por sua vês vai já com 90 milhões de usuários, e ganha 5 mil novos deles a cada dia.
            É evidente que a internet tem um lugar preponderante nas novas gerações, e nas gerações de jovens adultos da atualidade  O facto de a velocidade e a quantidade de informação encontrada ao nosso dispor ser tão vasta, faz com que seja exigido mais dos jovens adultos, pois na procura de emprego e na sua formação, tem de existir uma constante atualização de conhecimentos, realização de formações, por forma a possuir um meio de ação cada vês mais diversificado. Em termos fisiológicos e cognitivos a internet exerce um grande impacto. Com a corrente de conhecimentos surgem novos medicamentos, novas formas de treino, novos métodos para a realização de exercício físico, dando asas a uma rede bem mais complexa de conexões, de "relógios" sociais afetando assim o desenvolvimento humano em ambos os níveis de carácter cognitivos e fisiológico.

fontes: http://www.fayerwayer.com.br/2011/01/internet-se-encaminha-para-destronar-a-tv-como-principal-meio-de-informacao/