Ao
mesmo tempo em que as oportunidades vocacionais atraem o jovem adulto, o mesmo
se passa em relação à escolha de um(a) parceiro(a) e ao estabelecimento de um
lar. Não obstante o facto de que estas realizações acarretam dificuldades e
riscos, elas contribuem substancialmente para o ajustamento à vida adulta.
No final da adolescência ou no
início da fase adulta, é normal ocorrer uma atração duradoura por outra pessoa.
Essas ligações são, frequentemente, mútuas e providenciam uma enorme
gratificação ao ego, bem como promovem sentimentos de bem-estar e segurança. A
percentagem de parcerias e romances que conduzem ao amor mútuo e ao casamento
atinge o seu pico no início da vida adulta. O desejo universal de amar e ser
amado encontra a sua satisfação completa no casamento. Apesar de muitas
pessoas, com pouco mais de 20 anos, ser suficientemente maturas para assumirem
responsabilidades conjugais e parentais, uma boa quantidade ainda não o está. O
desejo de segurança pessoal, assim como pressões parentais, influenciam muitas
jovens a casarem-se durante a primeira fase da vida adulta. A gravidez é outra
razão bastante frequente para um casamento precoce. Assim, a aceitação
voluntária deste novo papel pode ser questionada em muitos casamentos,
especialmente nos que se realizam muito cedo.
O tempo necessário para completar a
maturação adolescente cognitiva, emocional e social, aumentou com a
complexidade da nossa tecnologia e cultura e com os crescentes níveis de vida.
No século XX, a duração da adolescência aumentou em cada geração. Uma vez que o
sucesso de um casamento depende de um certo nível de maturidade, cada aumento
no período de adolescência implica um período mais prolongado de espera antes
do matrimónio. Desde o início da década de 1950 que cada geração tem-se vindo a
casar em idades cada vez mais baixas. Aparentemente, muitas pessoas casaram-se
antes de estarem psicologicamente preparadas para fazê-lo com sucesso. Muitas
vezes os casamentos são precedidos por um período muito curto de noivado, desta
forma aumentando as possibilidades de incompatibilidade entre os envolvidos.
Estas preparações inadequadas para o casamento são causas que contribuem para a
discórdia, separação e um divórcio dentro de pouco tempo.
A expectativa de felicidade conjugal
muitas vezes é abalada por questões psicológicas, sendo uma delas a relação de
domínio entre os dois cônjuges. Se cada cônjuge tem uma forte tendência a
dominar o outro, é difícil estabelecer congruência entre os dois. Também pode
ser observado um exemplo de incongruência na luta por independência entre os
dois cônjuges. A falta de semelhança de interesses apresenta-se como um outro
grande obstáculo à partilha de vida conjugal. O comportamento neurótico e as
dúvidas a respeito da fidelidade do parceiro, muitas vezes, provocam ira ou
ciúme e põem em risco a estabilidade conjugal. Finalmente, a ineficácia na
comunicação torna muitos outros problemas insolúveis.