domingo, 21 de abril de 2013

Teoria triangular do amor

     Pelo inicio da idade de um jovem adulto, este encontra-se normalmente inserido em três grupos distintos, o eu como indivíduo, o eu como trabalhador e o eu como membro de uma família. 
Vê-se assim construído o "relógio social" em que vive e é o espaço de tempo psicológico em que o jovem adulto toma consciência de ter chegado cedo, tarde, ou no momento correto aos marcos importantes da sua vida. Daqui advém o sentimento de realização, ou por outro lado de frustração por ter ou não conseguido. Devido a estes relógios sociais temos a percepção do nosso desenvolvimento em comparação aos que nos rodeiam, esse desenvolvimento dá-se com a habilidade de introspecção, capacidade de analisar, detectar problemas e resolve-los. Nisto vemos construída a nosso personalidade e aquilo que nos define.
     Durante este mesmo início, romance, amor, filhos, casamento, são frequentemente predominantes na vida, o desenvolvimento e o caminho de relações é enfatizado. Segundo Erikson a procura por intimidade é o problema crítico destas idades. Ele considera estas idades como o tempo da dualidade entre a intimidade e um estado de isolamento, que coincide com a preocupação de desenvolver relações próximas com outros.
Está intimidade entra em confronto com vários aspectos, o altruísmo, ter que sacrificar gostos/necessidades próprias em prol de outros, uma devoção serrada, delineada com esforços para fazer com que a identidade se funda com a do "outro". Sendo uma linha de pensamento contestada por especialistas em desenvolvimento devido às condições em que tinha sido feitas as experiências, como é o caso de a teoria ser mais focada nos homens e o facto de Erikson ver a intimidade com algo único dos heterossexuais, não deixou mesmo assim de exercer a sua influencia.
     Toda esta base ajudou-nos a situar as características principais de um jovem adulto permitindo agora explicar a teoria triangular do amor com o entendimento apropriado. Robert Sternberg's criador desta teoria, atribui ao amor três componentes:
  • Intimidade - Abrange sentimentos de proximidade, afeto e conectividade.
  • Paixão - Engloba todas as motivações relacionadas com o sexo, aspectos físicos e de romance.
  • Compromisso - Reúne a consciência de que se ama com a decisão do longo prazo para fazer prosperar esse amor.
    Não existe amor quando falha algum destes três componentes. Aquele "gostar" desenvolve-se quando está apenas presente a intimidade. O amor apaixonante e exaustivo para aqueles que apenas sentem a paixão. E  por fim um amor vazio para os que apenas tem em vista o longo prazo o compromisso.     
     Mas nem tudo é mau, Sternberg's definiu também quatro estados para a inter-relação das três componentes que passo a apresentar.
  1. Um amor romântico quando apenas estão presentes a intimidade e a paixão.
  2. Companheirismo ocorre quando existe apenas intimidade conjugado com o compromisso.
  3. Irracional sempre que se pensa a longo prazo e apenas existe paixão na relação.
  4. Por último mas não menos importante, o que todas as relações tentam atingir, um amor consumado onde todos os três componentes estão presentes e em prefeita harmonia.
    Não quero com isto dizer que o amor consumado é o amor ideal, todas as relações tão fortemente marcadas por mudança e o gênero de relação que se vive no momento pode variar ao longo da vida. Apenas a paixão tende para um declínio constante ao longo dos anos até deixar de existir.

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