Na sua Teoria de Desenvolvimento
Psicossocial, Erikson propõe uma conceção de desenvolvimento em oito estágios
psicossociais, perspetivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o
nascimento até à morte. Cada estágio, contribui para a formação da
personalidade do individuo, e é constituído no seu núcleo por uma crise
psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa.
Segundo Erikson, o sexto estádio psicossocial
atinge-se na idade do Jovem Adulto e denomina-se “Intimidade Vs. Isolamento”.
Ainda segundo o autor, neste estádio, o interesse, além de profissional,
gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo o
indivíduo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva.
O excerto seguinte introduz este sexto
estádio de desenvolvimento psicossocial: “[…]
os jovens adultos estão preparados e dispostos a unir a sua identidade a outras
pessoas. Eles buscam relacionamentos de intimidade, parceria e associação, e
estão preparados para desenvolver as forças necessárias para cumprir esses compromissos,
ainda que para isso tenham de fazer sacrifícios”. (Calvin S. Hall; Gardner
Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.174).
Este estágio caracteriza-se pelo facto
de a identidade do sujeito se encontrar estabilizada, o ego fortalecido e pelo
facto de ser neste estágio que o indivíduo aprenderá a conviver com outros egos.
Pela primeira vez o indivíduo poderá desfrutar de uma verdadeira sexualidade
genital, o que faz com que as uniões e os casamentos surjam nesta fase. Tal
situação deve-se à realidade de que o indivíduo nos estágios anteriores
limitava-se à demanda da identidade sexual e a um desejo de intimidades
efémeras. É então na idade do jovem adulto que, com uma identidade assumida, se
possibilita o estabelecer de relações de intimidade com outros.
Se as crises anteriores não tiveram
desfechos positivos, a pessoa tende ao isolamento como forma de preservar o seu
ego frágil. “O perigo do estágio da
intimidade é o isolamento, a evitação dos relacionamentos, quando a pessoa não
está disposta a comprometer-se com a intimidade”. (Calvin S. Hall; Gardner
Lindzey; John B. Campbell, 2000: p.174). O isolamento pode ocorrer por períodos
curtos ou longos. No caso de um período curto, não o podemos considerar
negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o
isolamento é longo e duradouro o desfecho desta crise é bastante negativo.
Erikson definiu ainda o elitismo como um
desfecho negativo desta fase. O elitismo consiste numa espécie de narcisismo,
ou seja, na formação de grupos fechados de pessoas com egos semelhantes,
caracterizando a incapacidade de conviver com outros egos e, portanto, a não
superação desta crise.
salvou meu seminario
ResponderEliminarsalvou meu seminario
ResponderEliminarO MEU TAMBEM KKKKKKKKKKKKKK
ResponderEliminarParabéns. Muito bem comentado.
ResponderEliminarsalvou meu seminarioooooooooo tb!!!! hahaha
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