O
meu nome é Luís Monteiro, sou natural de Santo Tirso e neste momento frequento
o curso de Ciências do Desporto na Faculdade de Desporto da Universidade do
Porto. Cresci a jogar futebol e desde cedo coloquei como meta e objectivo, ser
profissional de futebol. O meu percurso no futebol de formação foi pautado pela
excelência, representar a selecção nacional de futebol, vencer o campeonato
nacional de iniciados e ser cobiçado por os maiores clubes do nosso país,
faziam-me perspectivar e acreditar num futuro como profissional. Aos 19 anos,
abandonei a escola, uma vez que recebi um convite para jogar futebol no Clube
Atlético de Macedo de Cavaleiros. Esta situação obrigou-me a fixar residência
em Macedo de Cavaleiros. Esta foi uma fase difícil da minha vida, uma vez que
nunca tinha deixado a minha casa e a minha família. A minha ida para Macedo de
Cavaleiros prejudicou o meu percurso escolar, dado que tinha treinos bi-diários
e ficava assim impossibilitado de frequentar a escola e neste sentido impedido
de concluir o ensino secundário.
Dediquei-me
continuamente ao futebol, sempre com a ideia de chegar a um patamar elevado,
patamar esse que me permitiria viver numa situação de auto-sustentação. Durante
alguns anos acreditei que ia concretizar esse objectivo mas chegado aos 23-24
anos e devido a vários infortúnios percebi que tal não seria possível. Com esta
idade ingressei pela primeira vez no mercado de trabalho, fazendo do futebol
apenas um hobby. Iniciei a minha actividade profissional como Bobinador, numa
empresa têxtil. Passados seis anos nesta actividade percebi que este trabalho
não me realizava profissionalmente, comecei então a perceber que não era este o
futuro que queria para a minha vida. Com maior maturidade e depois de não
conseguir concretizar um “sonho” que tinha desde criança, decidi dar um novo
rumo à minha vida. Inicialmente passou por concluir o 12ºano para
posteriormente poder candidatar-me ao ensino superior e ao curso que hoje
frequento. Tive um passado ligado ao desporto, particularmente no futebol, e é
nesta área que pretendo trabalhar no futuro.
As capacidades cognitivas do ser
humano desenvolvem-se bastante nos primeiros anos de vida e continuam em
contínuo desenvolvimento até idades ainda incertas. Diversos estudos apresentam
também diversos resultados quanto à idade em que as capacidades mentais se
desenvolvem. No meu caso, a forma como comecei a perceber, de forma clara e
realista, aquilo que queria para o meu futuro, coincide com a entrada na idade correspondente
à fase do jovem adulto. Com a entrada nos 25/30 anos passamos a ter uma maior
maturidade para agir e tomar decisões por nós próprios com clareza e focados
num verdadeiro objectivo. A experiência adquirida é algo que nos permite ganhar
assertividade e consciência das acções que passamos a tomar.
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