O meu nome é Filipe Martins, natural de Tadim em Braga, e atualmente
a viver em Vilaça na mesma cidade. Terminei os meus estudos do
secundário com 17 anos e numa perspectiva de futuro decidi ingressar no
ramo das forças armadas, mais especificamente na Academia Militar. Tomei
a decisão tendo em vista vários pontos, monetário, o poder servir o meu
país e tendo em vista um futuro estável com emprego garantido e com
possibilidades de criar família de forma segura. Não correu da forma
como esperava, as expetativas não eram muito realistas face aos percurso
de formação que tinha a percorrer, o que me levou a sair. Se foi o mais
acertado? Não sei, e procuro não pensar, do mesmo modo que decidi
ingressar na Academia Militar e desistir de uma vida diferente como o
percurso universitário normal, também tomei a decisão de sair.
O meu fascínio pela vida militar levou-me a no ano consequente
ingressar novamente na vida militar, desta vez alistei-me para fazer a
recruta no exército. Talvez porque sempre pensei não ficar pelo básico, e
também devido a inspirações de outros familiares que pertenceram ao
ramo, ingressei no Centro de Tropas de Operações Especiais e terminei a
recruta e o curso da especialidade com sucesso.
Depois de algum
tempo nas forças e claro sempre a pensar no futuro, (Que fazer da
vida?; Como vai ser daqui em diante?), tomei consciência que ao fim de
seis anos e depois de esgotar a possibilidade de renovar contrato, seria
mais um desempregado apenas com o secundário completo no seu ciclo de
estudos, e não teria algum gênero de formação que me permiti-se exercer a
vida de um cidadão normal com o objetivo de vingar no futuro. Por este
motivo rescindi contrato, voltei a estudar com afinco para realizar o
exame nacional de matemática, e assim poder inscrever-me na Faculdade de
Desporto da UP. Até esta parte correu bem e consegui entrar, estou no
primeiro ano e a dar seguimento à minha formação.
Perspectivas
para o futuro, não são as melhores, o país está mau, arranjar "emprego"
também, sim porque trabalho existe emprego estável com um ordenado
confortável é que não. Mas acredito que com empenho e dedicação hei-de
conseguir algo, o importante é focar-me em extrair o máximo de
informação daqui e usar isso numa possível carreira.
As forças armadas ensinaram-me muito apesar de ter sido um precalço,
devido à decisão que tomei que teria sido o caminho se a escolha fosse
diferente. Vejo-me com 20 anos agora e procuro apenas terminar o curso e
nos tempos que correm apenas apenas vejo um caminho, fazer um esforço
extra, e durante o tempo em que recebo formação, tento aplica-la. Como?
Dando treinos, fazendo formações extra à faculdade, procurando
estabelecer relações, conhecimentos para que ao terminar o curso não
seja o terminar de um ciclo mas apenas um seguimento do que vinha a
fazer até então.
Com a experiência que adquiri é assim que vejo
a saída, mas tenho consciência que colegas meus, apenas se vêm a
terminar o curso e a ir para o desemprego, quando a meu ver o curso de
ciências do desporto não se torna o caminho mas apenas uma ferramenta de
onde posso tirar instrumentos e usar no mercado de trabalho.
É
com a entrada na idade correspondente ao jovem adulto que começo a
olhar com clareza para aquilo que pretendo no futuro e a ter a
capacidade de raciocinar logicamente e resolver problemas abstratos,
tais como a decisão de ingressar na vida militar ou a simples escolha do
curso universitário que pretendo seguir.
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