quarta-feira, 17 de abril de 2013

Histórias de vida (Filipe Martins)

 O meu nome é Filipe Martins, natural de Tadim em Braga, e atualmente a viver em Vilaça na mesma cidade. Terminei os meus estudos do secundário com 17 anos e numa perspectiva de futuro decidi ingressar no ramo das forças armadas, mais especificamente na Academia Militar. Tomei a decisão tendo em vista vários pontos, monetário, o poder servir o meu país e tendo em vista um futuro estável com emprego garantido e com possibilidades de criar família de forma segura. Não correu da forma como esperava, as expetativas não eram muito realistas face aos percurso de formação que tinha a percorrer, o que me levou a sair. Se foi o mais acertado? Não sei, e procuro não pensar, do mesmo modo que decidi ingressar na Academia Militar e desistir de uma vida diferente como o percurso universitário normal, também tomei a decisão de sair.
   O meu fascínio pela vida militar levou-me a no ano consequente ingressar novamente na vida militar, desta vez alistei-me para fazer a recruta no exército. Talvez porque sempre pensei não ficar pelo básico, e também devido a inspirações de outros familiares que pertenceram ao ramo, ingressei no Centro de Tropas de Operações Especiais e terminei a recruta e o curso da especialidade com sucesso.
   Depois de algum tempo nas forças e claro sempre a pensar no futuro, (Que fazer da vida?; Como vai ser daqui em diante?), tomei consciência que ao fim de seis anos e depois de esgotar a possibilidade de renovar contrato, seria mais um desempregado apenas com o secundário completo no seu ciclo de estudos, e não teria algum gênero de formação que me permiti-se exercer a vida de um cidadão normal com o objetivo de vingar no futuro. Por este motivo rescindi contrato, voltei a estudar com afinco para realizar o exame nacional de matemática, e assim poder inscrever-me na Faculdade de Desporto da UP. Até esta parte correu bem e consegui entrar, estou no primeiro ano e a dar seguimento à minha formação.
   Perspectivas para o futuro, não são as melhores, o país está mau, arranjar "emprego" também, sim porque trabalho existe emprego estável com um ordenado confortável é que não. Mas acredito que com empenho e dedicação hei-de conseguir algo, o importante é focar-me em extrair o máximo de informação daqui e usar isso numa possível carreira. As forças armadas ensinaram-me muito apesar de ter sido um precalço, devido à decisão que tomei que teria sido o caminho se a escolha fosse diferente. Vejo-me com 20 anos agora e procuro apenas terminar o curso e nos tempos que correm apenas apenas vejo um caminho, fazer um esforço extra, e durante o tempo em que recebo formação, tento aplica-la. Como? Dando treinos, fazendo formações extra à faculdade, procurando estabelecer relações, conhecimentos para que ao terminar o curso não seja o terminar de um ciclo mas apenas um seguimento do que vinha a fazer até então.
   Com a experiência que adquiri é assim que vejo a saída, mas tenho consciência que colegas meus, apenas se vêm a terminar o curso e a ir para o desemprego, quando a meu ver o curso de ciências do desporto não se torna o caminho mas apenas uma ferramenta de onde posso tirar instrumentos e usar no mercado de trabalho.
   É com a entrada na idade correspondente ao jovem adulto que começo a olhar com clareza para aquilo que pretendo no futuro e a ter a capacidade de raciocinar logicamente e resolver problemas abstratos, tais como a decisão de ingressar na vida militar ou a simples escolha do curso universitário que pretendo seguir.


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