quarta-feira, 17 de abril de 2013

Histórias de vida (Duarte Grego)

O Meu nome é Duarte grego, sou natural de Borba, (Alentejo), tenho 26 anos.
Neste momento, o meu presente passa pelo curso de ciências do Desporto na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Terminei o secundário com 17 anos e foi também com esta idade que ingressei no curso de Engenharia Biológica e Alimentar na Escola Agrária do Instituto politécnico de Castelo Branco.
Penso que é importante definir alguns pontos, com o objectivo de situar quem nos acompanha. As perguntas que me colocam frequentemente são: O porquê da escolha do primeiro curso em que ingressei? O porquê de ingressar no atual curso? E qual o meu objectivo, neste desafio?  De certa forma são questões muito importantes no que diz respeito à mudança dos atributos cognitivos na idade que corresponde ao jovem adulto.
Maior parte dos jovens que terminam o secundário e pretendem ingressar no Ensino Superior não têm definido qual o caminho que querem seguir nas suas vidas. Atendendo que é provavelmente uma decisão que perdurará para toda a vida, não pode ser ou pelo menos não deve ser uma decisão tomada de ânimo leve. É com 17, 18, 19 anos que esta escolha tem de ser feita.
Passando ao meu caso em especial, posso dizer que terminei o Ensino Secundário com uma boa média, que me permitia ingressar em muitos cursos. Aqui surgem as primeiras dúvidas, ou ingresso num curso que me completa e realiza ou por outro lado ingresso num curso que possivelmente me dará maior possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Optei por escolher o curso de Engenharia Biológica e Alimentar, uma vez que me dava grande possibilidade de entrar rapidamente no mercado de trabalho após a sua conclusão.
Com 22 anos termino o curso e começo de imediato a trabalhar numa empresa que estava inteiramente relacionada com a área no qual me tinha formado. Ao fim de dois anos e meio de estar na respectiva empresa e já com 25 anos começo a perceber que provavelmente era naquela área que iria passar grande parte da minha vida a qual não me satisfazia pessoal e profissionalmente. Neste momento percebi que a minha escolha tinha sido errada e que na realidade deveria ter optado por um curso com o qual me identificava e ao entrar no mercado de trabalho me trouxesse um sentimento de realização e satisfação com o que fazia.
Com 25 anos ingresso no curso de ciências do Desporto, área pela qual sempre fui apaixonado e esta sim me preenche enquanto ser humano.
Neste sentido e baseado na minha experiência penso que a importante escolha do curso em que queremos ingressar, é feita na maioria dos casos numa idade em que ao nível dos atributos cognitivos do ser humano e face à inexperiência em relação ao mercado de trabalho este ainda não está preparado para a fazer. É com a entrada na idade correspondente ao jovem adulto, entre os 22 e 24 sensivelmente que os jovens depois de passarem por algumas experiências e amadurecerem começam a ter condições cognitivas para definir realmente qual o futuro que querem para as suas vidas.  

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